D. Manuel Gonçalves Cerejeira foi o 56.° bispo e o 14.° patriarca de Lisboa, com o nome de Manuel II. Herdou o nome do seu padrinho, que era também o seu avô paterno, e viveu entre 1888-1977.
Desde sempre foi um estudante brilhante e estudou, primeiramente, na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra. Após receber o diploma da Universidade, escreveu para várias revistas e jornais cartas que, mais tarde, serão transformadas em livros, como A igreja e o pensamento contemporâneo.
Em 1929, foi nomeado patriarca de Lisboa e foi feito Cavaleiro da Grã-Cruz. Foi o Patriarca que dirigiu a Igreja Católica durante o Estado Novo, ao lado do seu colega de universidade, António de Salazar. Agiu também como militante e intelectual católico à procura de salvaguardar e recuperar aquilo que o Catolicismo perdeu durante a Primeira República.
Em 1971 foi substituído por António Ribeiro.
De todo o seu percurso de fé, os seus feitos mais destacáveis foram a criação do Seminário dos Olivais e a criação da Universidade Católica Portuguesa.
Curiosidade: Patriarca na altura em que o nosso colégio foi fundado.
Os Três Pastorinhos
Os três pastorinhos, Lúcia dos Santos, 10 anos, Francisco Marto, 8 anos, e Jacinta Marto, 7 anos, foram três crianças que eram familiares e que testemunharam aparições no ano de 1916.
Durante o ano de 1916, os três pastorinhos foram testemunhas de três aparições de um anjo que se apresentou como o "Anjo da Paz". Disseram ainda ter assistido a seis aparições de Nossa Senhora, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1916. Durante estas aparições, Lúcia podia ouvir, falar e ver, enquanto que Jacinta podia ouvir e ver e Francisco só podia ver, pelo que, depois, as duas raparigas lhe contavam o que teriam ouvido.
No dia 23 de março de 2017, ano das celebrações do centenário das aparições de Fátima, foi anunciado pela Santa Sé que o Papa Francisco aprovou o milagre com o intuito da canonização dos Beatos Francisco e Jacinta. Os dois foram beatificados pelo Papa João Paulo II a 13 de maio de 2000, em Fátima, e no dia 13 de maio de 2017, nas celebrações das Aparições, Francisco e Jacinta foram canonizados pelo Papa Francisco.
Tendo Lúcia vivido mais tempo que os seus primos, morrendo a 13 de fevereiro de 2005, a sua beatificação está ainda em processo, tendo sido abrandada pela situação pandémica dos dias de hoje.
Madre Teresa (1910 - 1997)
Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, mais conhecida por Madre Teresa de Calcutá, nasceu a 26 de agosto de 1910 na Escópia, na Macedónia do Norte.
Madre Teresa foi uma célebre religiosa católica de etnia albanesa, visto que o seu pai era originário da cidade de Prizren e a sua mãe natural da Albânia também. É, porém, naturalizada indiana.
Foi a fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo objetivo é ajudar os mais carenciados por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Em 2015, a sua congregação contava com 5 mil membros em 139 países. Devido ao seu serviço aos mais pobres, tornou-se conhecida também pela “Santa das Extremidades”.
Madre Teresa recebeu ainda o Prémio Nobel da Paz em 1979. Foi beatificada em 2003 pelo Papa João Paulo II e canonizada pelo Papa Francisco em 2016, no Vaticano.
O seu percurso de fé iniciou-se aos 18 anos, quando realizou os seus votos nas Irmãs de Nossa Senhora do Loreto. Em 1965, a Congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé e começou a estabelecer a sua presença missionária em diversos países.
A citação atribuída a Madre Teresa é: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso."
D. António Marto (1947 - ….)
António Augusto dos Santos Marto nasceu a 5 de maio de 1947, (74 anos) em Chaves. D. António Marto é um cardeal português e o seu percurso teve uma grande influência religiosa. Foi bispo auxiliar de Braga (2001), bispo de Viseu (2004), bispo de Leiria-Fátima (2006) e, finalmente, ordenado cardeal pelo Papa (2018) com o título de "Santa Maria sobre Minerva".
D. António Marto estudou Humanidades e Teologia no seminário de Vila Real, mudando depois para o seminário maior do porto. Mais tarde, em Roma, depois de ser ordenado sacerdote nessa mesma cidade, especializou-se ainda em Teologia Sistemática.
Foi professor de Teologia em diversas instituições, tais como na faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas do Porto. Trabalhou também com o Movimento de Estudantes Católicos (MCE), com a Liga Operária Católica (LOC) e na catequese de adultos na diocese do Porto. Assim, teve uma forte presença da fé ao longo de grande parte da sua vida.
D. António Marto destaca-se pela sua missão enquanto bispo da diocese de Leiria-Fátima, pela sua presença sempre afável, tratando a todos por “amiguitos e amiguitas” e por ser um dos cinco cardeais Portugueses.
D. Tolentino Mendonça (1965 - ….)
José Tolentino Mendonça nasceu a 15 de dezembro de 1965 na Madeira, Portugal. Viveu em Angola nos primeiros anos da sua vida, tendo regressado a Portugal aquando a independência das colónias portuguesas. Formou-se em Teologia na Universidade Católica de Lisboa e, em 1989, foi ordenado padre da Diocese do Funchal.
Hoje é o Arquivista do Arquivo Apostólico do Vaticano e Bibliotecário da Biblioteca Apostólica Vaticana. Escreveu diversas obras ao longo dos seus 56 anos, como Nenhum Caminho Será Longo e O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas. Os seus trabalhos baseiam-se numa relação entre o cristianismo e a cultura, na qual este procura, enquanto teólogo e pensador religioso, descobrir a vida espiritual nos lugares e ambientes menos esperados.
Representa uma fonte de luz e um guia para este caminho que é a vivência da fé em Portugal, e em todo o mundo, tendo também tido um forte impacto no Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria e, consequentemente, na história do Colégio.
Em 2021, no dia 2 de outubro, foi celebrada em Fátima, Portugal, uma Eucaristia em honra dos 150 anos da presença das Irmãs do Sagrado Coração de Maria em Portugal. Foi o cardeal Tolentino Mendonça que presidiu a missa, para grande admiração dos presentes.
José Tolentino Mendonça é um símbolo contemporâneo da fé cristã e um exemplo para todos nós de como Deus pode ser uma inspiração não só no nosso dia-a-dia, mas também no nosso lado criativo e intelectual.
D. José Policarpo (1936 – 2014)
José Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936, na freguesia de Alvorninha, tendo nacionalidade portuguesa. Este viveu no decorrer de um período histórico instável, durante o Estado Novo, regime político liderado por Salazar, e a Segunda Guerra Mundial.
Foi Cardeal Patriarca de Lisboa, desde 2001 até 2013, acabando por falecer a 12 de março de 2014. Atualmente, encontra-se sepultado no Panteão dos Patriarcas de Lisboa.
José Policarpo começou por estudar filosofia e teologia em seminários e, no ano de 1961, foi ordenado sacerdote. A partir de 1968, começou a licenciar-se e doutorar-se em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e, após os estudos, dedicou-se a ser docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, para, mais tarde, ocupar cargos mais importantes, como diretor na mesma universidade.
Em 1978, foi nomeado bispo-auxiliar de Lisboa até 1997, ano no qual foi nomeado arcebispo coadjutor do Patriarca de Lisboa. Um ano depois, passou a ser o 16.º Patriarca de Lisboa, até 2013. Entretanto, em 2001, foi nomeado Cardeal por João Paulo II.
Por fim, ao longo da sua vida, foi escrevendo e publicando mais de 50 obras, entre as quais Uma Ordem Ética para a Paz, Obras Escolhidas e Evangelizar o amor.
Para acrescentar a todos os seus feitos referidos anteriormente, esta personalidade religiosa destaca-se por ter sido protagonista da renovação da cultura da Igreja Católica em Portugal e por ter sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Também se sobressai devido a uma ideia defendida na sua tese de doutoramento: "A Igreja deve estar atenta à história dos homens e captar nela sinais positivos do Reino de Deus, porque uma sociedade justa não está apenas presente na realidade explícita do Cristianismo, mas acontece também na vida dos homens".
Carlo Acutis (1991 - 2006)
Carlo Acutis foi um adolescente católico italiano conhecido pela documentação da sua vida religiosa na internet. Nasceu a 3 de maio de 1991 em Londres e morreu a 12 de outubro de 2006 em Milão, como consequência da doença que tinha, leucemia, tendo sido beatificado pela Igreja Católica a 10 de outubro de 2020.
Meses antes da sua morte, Carlo documentou, num site que criou, milagres eucarísticos que ocorriam pelo mundo fora. Ficou conhecido pela sua alegria e pelas suas habilidades com o computador, bem como pela sua profunda devoção à Eucaristia, que se tornou um tema central de sua vida.
Os pedidos para sua beatificação começaram pouco tempo depois de sua morte, ganhando um impulso significativo no ano de 2013. Foi intitulado como um Servo de Deus – o primeiro passo no caminho para a santidade. O Papa Francisco declarou que ele era Venerável a 5 de julho de 2018.
A 21 de fevereiro de 2020, o Papa autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os Decretos que aprovam novas beatificações e canonizações, assim como novos Servos de Deus, e, entre eles o jovem, italiano Carlo Acutis. A sua beatificação aconteceu, como referido anteriormente, no dia 10 de outubro de 2020 em Assis, na Itália.
Curiosidade: Quando era criança, Acutis tornou-se grande devoto da Santíssima Virgem Maria e recitou rosários frequentemente como sinal de sua devoção.
Morgan Freeman (1937- ...)
Nascido a 1 de junho de 1937, é um ator premiado, tendo estado envolvido em filmes dos mais diversos géneros, pelos quais recebeu diversos prémios, nomeadamente um Oscar, um Globo de Ouro e um screen actors guild award. Iniciou a sua carreira artística em 1960. Freeman é também conhecido pela sua voz marcante, fazendo dele uma escolha frequente para a narração no ano 2005, quando realizou a narração dos filmes: War of the Worlds e o filme documentário vencedor do Oscar “La marche de l'empereur''.
Em abril de 2016, lançou a série que produziu e comandou, “A História de Deus''. Nesta, explora uma reflexão íntima sobre Deus. Cada episódio centra-se numa grande questão sobre o divino: desde o mistério da Criação, ao verdadeiro poder dos milagres, até à promessa da ressurreição.
Morgan mergulha nas experiências religiosas e rituais de todo o mundo, do Muro das Lamentações em Jerusalém, passando pela Árvore Bodhin na Índian até às mega igrejas dos Estados Unidos. Este retrata o quão importante a relação do Homem com Deus é para a história da humanidade. A expedição ambiciosa pelas eras e pelo globo procura entender a forma como a fé moldou as nossas vidas, não importando a religião ou crença.
Apesar de não ser uma personalidade religiosa marcante da ação da Igreja, o ator consegue, através dos vários episódios, demonstrar as diferentes culturas sem nunca faltar a sua imparcialidade. Numa entrevista em 2014, afirmou acreditar num Deus diferente: "O poder mais alto é a mente humana, Deus veio dela e minha crença em Deus é a minha crença em mim mesmo”. Quando questionado sobre a sua missão, referiu que “é entender a fé humana e descobrir como as nossas crenças nos conectam nessa história épica, a história de Deus”.
Chiara Lubich (1920 - 2008)
Chiara Lubich, nascida a 22 de janeiro de 1920, foi uma religiosa italiana, escritora, professora, ativista dos direitos humanos e foi também a fundadora do movimento dos Focolares.
Durante a Segunda Guerra Mundial, descobre no Evangelho os valores do espírito que reconstroem o homem e o tecido da sociedade desintegrada, envolvendo gradualmente pessoas de todas as idades, categoria social, raça, cultura e crenças nos cinco continentes.
Desde janeiro de 1944, começando pelos pobres dos bairros mais carentes de Trento, na década de 1940, Chiara reconhece, nas inúmeras faces da dor, divisões e traumas da humanidade, que a levam a projetar uma vasta e complexa obra, destinada a reunir a família humana, o Movimento dos Focolares, em unidade e fraternidade, uma árvore com 27 ramos. A propagação ao longo dos anos torna-se mundial, em 182 países, inclusive nos países da Europa Oriental, mesmo antes do colapso dos muros.
Chiara torna-se precursora do diálogo em todos os níveis, o que se revela como um caminho privilegiado para a unidade e a fraternidade dentro da própria Igreja, entre as Igrejas, religiões, com pessoas de convicções não-religiosas, com a cultura contemporânea. Foi a primeira mulher e cristã que expôs, em 1981, a sua experiência espiritual num templo em Tóquio, na frente de mais de 10.000 budistas.
Em 1997, falou a centenas de monges e monjas budistas na Tailândia, em Chiang Mai. Alguns meses depois, na mesquita de Harlem, dirigiu-se a cerca de 3000 muçulmanos afro-americanos.
Em 2001, esteve na Índia, em Coimbatore, onde recebeu o prémio de Defensora da Paz pelas instituições gandhianas e depois em Mumbai, onde falou para instituições académicas hindus.
Papa João Paulo II ( 1920 - 2005)
João Paulo II nasceu na pequena cidade de Wadowice,na Polônia. Filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska, foi batizado com o nome de Karol Jósef Wojtyla.
Quando Karol completou 18 anos, ele e o seu pai mudaram-se para Cracóvia, cidade onde Karol se matriculou na Universidade Jaguelónica. Como tinha atingido a maioridade, Karol foi obrigado a alistar-se no Exército Polaco, uma vez que vigorava o alistamento obrigatório na Polónia. Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial, os cidadãos polacos foram obrigados a trabalhar e Karol teve vários empregos e funções durante cerca de 2 anos.
Em 1941, o pai de Karol morreu, algo que o deixou profundamente triste, tendo o mesmo dito que “aos 20 anos de idade, já perdi todos os que amava”. Após a perda de seu pai, Karol considerou, pela primeira vez, ser padre, o que o levou ao Palácio Arcebispal de Cracóvia, onde pediu para estudar, tendo depois ingressado num seminário clandestino liderado pelo arcebispo de Cracóvia.
Em 1944, durante o chamado “Domingo Negro” no apogeu da Segunda Guerra Mundial, Karol conseguiu escapar aos oficiais da Gestapo, escondendo-se atrás de uma porta na casa de seu tio. Nesse dia, mais de 8000 rapazes de Cracóvia foram levados para campos de concentração.
Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, João Paulo II teve um papel importante para o fim do comunismo na Polónia e em vários países da Europa, tendo sido também dos papas que mais viajou por todo o mundo à procura de resolver problemas que interferiam com a liberdade de cada um na escolha da sua fé e crenças.
Após a sua morte, e devido a todo o seu impacto, foi canonizado pela Igreja Católica em 2014 pelo papa Francisco, passando a ser conhecido como São João Paulo II.
Alguns textos do Papa João Paulo II : Amor Frutuoso e Responsável e Sinal de Contradição, ambos publicados em 1979. A sua primeira Encíclica, "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens), de 1979, explica a ligação entre a redenção por Cristo e a dignidade humana.
Papa Francisco ( 1936 - ….)
É o primeiro papa nascido na América, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1 200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.
Entre as suas várias obras destaca-se Mente aberta, coração crente, que é um testemunho do sacerdote, pastor e educador e as duas reflexões sobre Deus, o mundo e os homens.
Formado em filosofia e doutor em teologia, foi ordenado sacerdote aos 30 anos de idade e ascendeu rápido dentro da Igreja. Enquanto arcebispo em Buenos Aires, ficou conhecido por posições conservadoras, como a oposição ao casamento homossexual, aberto e ao uso de métodos contraceptivos.
Após ser eleito papa, Francisco começa a desenhar uma trajetória que promete entrar para a história como uma das mais importantes da Igreja por ser extremamente popular, devoto de São Francisco de Assis (e, assim, adepto de costumes simples e humildes).
Sempre atento aos acontecimentos do mundo e atuando com um espírito mais harmonioso e aberto ao diálogo, o papa Francisco tem-se destacado como um papa com grande potencial discursivo, inteligência diplomática e carisma cativante.
Ir. Rosa do Carmo Sampaio:
«UMA CAMINHADA NA FÉ E NO TEMPO»
Nascida em 1942, Rosa do Carmo Aguiar Branco Sampaio entrou no Colégio Sagrado de Coração de Maria de Lisboa em 1948, onde fez a primária e o secundário.
Em fevereiro de 1968, entrou no Noviciado das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, em Braga, tendo feito a primeira profissão em 1970.
Licenciada em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, dedicou-se à investigação arqueológica. Frequentou, também, o curso de Ciências Religiosas na Universidade Católica e, durante 13 anos, trabalhou no Colégio de Lisboa, onde foi professora de História, Religião e fez parte da equipa diretiva. Simultaneamente, dedicou-se às mais variadas tarefas da Pastoral Juvenil e foi diretora do Lar do Parque - Lar para trabalhadoras estudantes.
Foi um importante membro da comissão de Formação da Província, como responsável da pastoral vocacional e Pré-Noviciado.
Foi também membro da Comissão para a Missão, diretora do Lar de Braga e trabalhou na Pastoral Universitária.
Ao longo de todos estes anos, dedicou-se ao aprofundamento das Fontes do Instituto, tendo partilhado a sua reflexão com as irmãs através de conferências, encontros e retiros.
Escreveu a obra «UMA CAMINHADA NA FÉ E NO TEMPO», na qual nos relata a história das Religiosas do Sagrado Coração de Maria.
Esta obra surgiu da necessidade de responder a diversas questões, entre as quais “Qual teria sido o papel das irmãs na vida e desenvolvimento do instituto?” e “Poderia a história ser escrita desde o seu ponto de vista?”. Perante estas questões preliminares, quatro irmãs, representando as quatro primeiras províncias do Instituto, encontraram-se em Roma, em janeiro de 1983: a Ir. Marguerite-Marie Lyng (França), Ir. Colomba Galvin (Inglaterra-Irlanda), Ir. Kathleen Connell (Estados Unidos) e a Ir. Rosa do Carmo Sampaio (Portugal) e começaram a fazer aquela que seria a história atualizada do Instituto.
Grande impulsionadora e alma de toda a modernização do setor liceal, foi a saudosa irmã Rosa do Carmo Sampaio que a todas as iniciativas, e, muito especialmente, à formação integral e cristã das alunas mais velhas, se dedicou sempre com toda a inteligência e coração, entre as alunas que, com muita saudade e estima, a guardam no coração pelo seu papel na formação Cristã.
Padre Vítor Feytor Pinto
O Padre Vítor Feytor Pinto foi um importante Sacerdote português.
Nascido a 6 de março de 1932, em Coimbra, sentiu, desde cedo, o chamamento para o sacerdócio. Com cinco anos já queria ser padre e, aos 10 conseguiu, impor aos pais a ida para o seminário do Fundão, onde se formou até à sua ordenação, em 1955, na diocese da Guarda, com 23 anos.
O Padre Feytor Pinto destaca-se fortemente pelo seu envolvimento em questões de saúde, sendo o antigo coordenador nacional da Pastoral da Saúde, para além da sua presença na Igreja do Campo Grande, onde foi pároco durante 20 anos. Para além disso, o seu nome é indissociável do Movimento por um Mundo Melhor, da Ação Católica e da Pastoral Juvenil.
A bibliografia do Padre Feytor Pinto integra diversas obras, sendo "A Vida é sempre um valor", "100 entradas para um mundo melhor" e "A palavra vivida" alguns dos seus livros de destaque. O seu conteúdo varia entre reflexões, homilias e discursos proferidos pelo padre, refletores das suas opiniões pessoais.
O Padre Feytor Pinto faleceu a 6 de outubro de 2021, com 89 anos, em Lisboa. Encontrava-se já bastante fragilizado, uma vez que lidava com graves problemas de saúde há vários anos. Considerado por muitos “o amigo generoso, o companheiro de caminhada, o padre profundo e feliz e um homem de pensamento que deixa um legado extraordinário” (Paróquia do Campo Grande), é recordado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como “mestre pela palavra e pelo exemplo”.